terça-feira

Helicicultura em análise


Helicicultura


O termo “helicicultura” deriva dos
vocábulos latinos “Helix” (Tipo de caracol) e “Cultivare”




(Cultivar). 




A definição consensual de helicicultura é: “A criação sistematizada em
cativeiro, com fins comerciais, de caracóis terrestres comestíveis.”





Com o aparecimento das primeiras quintas helicícolas
nos anos 70, nascem duas formas distintas de criar caracóis, as mesmas que são
usadas ainda hoje com mais ou menos adaptações. O método italiano ou “Ciclo
Biológico Completo”, onde os animais são criados em grandes parques de terreno
a céu aberto, ou o método francês , ou “sistema intensivo”, onde os animais são
criados em mesas específicas colocadas em recintos fechados, com parâmetros de
luz, temperatura e humidade controlados e alimentados exclusivamente com raçõespróprias para helicicultura .





A caracoleta (Helix Aspersa)


É criada ao ar livre de forma
semi-intensiva e alimentada principalmente por vegetação cultivada para o
efeito (de acordo com as normas de cultivo biológico) e por um complemento
alimentar à base de cálcio, de forma a garantir a correcta formação da sua
concha ao longo de toda a sua vida.


Antes de serem embaladas, todas as caracoletas passam individualmente por um complexo processo de selecção manual,
expurgo e secagem. Desta forma é garantido que só são embalados animais vivos, limpos
e prontos a consumir.


A carne da caracoleta é uma carne de excelente qualidade para consumo: é branca, firme e de textura rugosa, tem um
elevado teor proteico, um baixo nível de colesterol e é rica em vitaminas, sais
minerais e ferro, factores que levam a que o caracol seja um alimento bastante saudável.





Utilização culinária


As caracoletas são normalmente consumidas grelhadas,
mas também podem ser utilizadas em guisados, caldeiradas e feijoadas.










UM PRODUTOR NACIONAL EM DESTAQUE





helicicultura
João Lopes, proprietário da empresa helicícola Biojogral





“Inspirados pelas criações helicícolas francesas,
italianas e espanholas, respondendo a um mercado ávido do consumo de
caracoletas, embarcámos nesta aventura, de modo a responder a requisições
maioritariamente


alimentadas pela importação. A este
projecto juntaram-se então mais dois membros da família,


um informático e uma jornalista,
apaixonados por estes pequenos animais que andam sempre com a casa às costas.”,
diz o Sr. João Lopes.




“Temos hoje a maior exploração helicícola
do país, com 5 ha e uma produção de 100 toneladas anuais”, acrescenta.




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