quinta-feira

Qual a diferenca entre lesma caramujo e caracol ?


Os três são moluscos, da classe dos gastrópodes. A principal diferença entre a lesma e os outros dois é que ela não tem uma concha externa - ou tem uma concha muito pequena. Já caracol e caramujo são sinônimos em várias regiões do Brasil, mas, na linguagem popular, caracol geralmente se refere aos gastrópodes terrestres, e caramujo, aos aquáticos. Já as lesmas podem viver tanto na terra como no mar. Juntos, esses três bichinhos somam cerca de 75 mil espécies. Além de numerosos, eles são antigos moradores da Terra: existem registros fósseis de gastrópodes de cerca de 500 milhões de anos atrás. Há entre 30 e 40 famílias de lesmas, contra 400 de caramujos e caracóis, de acordo com o biólogo Luiz Ricardo Simone, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, autor do livro Land and Freshwater Molluscs of Brazil (“Moluscos Terrestres e de Água Doce do Brasil”). Você pode não gostar da gosma que eles deixam, mas sem eles, podem ocorrer desequilíbrios ambientais.


MINHA NADA MOLE VIDA Apesar de hermafroditas e gosmentos, gastrópodes têm vida sem sal


BELEZA INTERIOR


O corpo das lesmas terrestres tem três partes principais: cabeça, pé e massa visceral, que é recoberta por uma espécie de pele, o manto. Da cabeça saem quatro tentáculos, todos retráteis: dois são a base dos olhos e dois são usados para o tato e o olfato. A parte de baixo do corpo dos caramujos é a mesma das lesmas


DEBAIXO DOS CARACÓIS


Os caracóis e caramujos nascem com uma protoconcha, que já contém todas as camadas da concha dos


adultos. À medida que cresce, uma glândula no manto vai secretando as três camadas que formam o material:


Perióstraco: Parte mais externa, rica em conchiolina, uma matéria orgânica. Protege a concha da corrosão do meio ambiente


Óstraco: Camada intermediária, feita de carbonato de cálcio, que confere dureza à concha


Hipóstraco: É a mais próxima do corpo. É responsável pela reparação de qualquer fratura sofrida pela concha


CABEÇA FRESCA


Dependendo de onde vivem, os gastrópodes respiram de maneiras diferentes. Enquanto as formas marinhas usam brânquias (como os peixes), as terrestres têm pulmão e fazem a troca gasosa por um buraco existente na lateral da cabeça, chamado pneumóstoma. Como essas espécies têm a pele muito


fina, elas também absorvem o oxigênio diretamente por ela


VELOCIDADE MÍNIMA


Para se mover, lesmas e caracóis contam com a ajuda de uma espéciede muco, secretado por uma glândula localizada na barriga. Essa substância gosmenta é importante porque ajuda no deslizamento do animal. Eles se movem fazendo movimentos ondulatórios, como as cobras e as minhocas. Os animais menores (de até 1 milímetro de comprimento) também contam com a ajuda dos milhares de cílios localizados na barriga, que funcionam como uma sucessão de pezinhos.


Entenda como lesmas e caracóis se movimentam:


1. Para se movimentar, o primeiro passo é levantar a cabeça em um ângulo de 20 a 30 graus do chão


2. Em seguida, o bicho estica o resto do corpo, e as partes que se desprendem do chão vão se alternando ao longo do corpo da lesma, até começar tudo de novo


SEXO CRUZADO


A maioria dos gastrópodes terrestres é hermafrodita: o mesmo animal possui um pênis e uma vagina, mas precisa de um parceiro para procriar. Durante o acasalamento, rola uma fecundação cruzada, em que um transfere espermatozóides para o outro, e vice-versa. Veja como é a transa radical das lesmas-leopardo (Limax maximus):


1. A lesma que quer acasalar solta um muco com um “sabor especial”, que anuncia aos companheiros de espécie que ela está a fim


2. As duas lesmas sobem, então, em um galho e se enroscam uma na outra, soltando um fio de muco


de até 40 centímetros


3. Enroladas, as duas descem pelo fio e cada uma coloca o pênis (que estava “escondido” sob o


manto) para fora


COM A LÍNGUA NOS DENTES


Para comer, os gastrópodes usam a rádula, órgão parecido com a língua, com milhares de protuberâncias que lembram dentes humanos. A ponta da rádula raspa o alimento, e os “dentes” na superfície o cortam. Os gastrópodes encaram de tudo na hora de comer: alguns só comem plantinhas, outros preferem matéria


orgânica podre e há ainda as carnívoras, que comem insetos, outros moluscos e até pequenos peixes


AI, MEUS SAIS


Muita criança já fez a maldade: jogou sal na lesma para vê-la derreter. Isso acontece porque a pele dela é muito fina e permeável. Por um processo químico conhecido como osmose, o sal “suga” a água existente no corpo do bicho, fazendo com que ele perca muito líquido e morra de desidratação


AS APARÊNCIAS ENGANAM Entre as 400 famílias de caracóis e caramujos, há desde iguarias a bichos perigosos


DO BEM...


Ele é um caracol terrestre da família Helicidae, e, como todo molusco, é bem nojento. Mas, como é herbívoro e se alimenta apenas de frutas e verduras, o escargot se tornou uma das iguarias mais refinadas do mundo. Alguns criadores deixam o bicho em jejum e depois os alimentam com água, ervas aromáticas e até vinho branco! Um quilo de sua carne - que tem entre 120 e 150 animais - custa quase 100 reais


...E DO MAL


Alguns caramujos da família Planorbidae são hospedeiros do verme responsável pela esquistossomose. Outro gastrópode mal-encarado é um caramujo africano (Achatina fulica), espécie introduzida nos anos 80 como uma alternativa ao escargot. O contato com seu muco pode causar distúrbios no sistema nervoso, perfuração do intestino, hemorragia abdominal e até a morte do paciente

quarta-feira

Brasil: Praga de Caramujo Africano em São José


O chamado caramujo africano (Achatina fulica) é uma praga que atinge praticamente todo o país. A espécie foi introduzida no Brasil no final da década de 80, importada ilegalmente da África como substituta mais rentável do escargot.




Caramujo africano (Achatina fulica)
Caramujo africano (Achatina fulica)





Com o objetivo de monitorar os riscos à saúde da população, a Secretaria de Saúde de São José inicia um trabalho de recolhimento dos moluscos.


Mensalmente, exemplares da Achatina fulica serão recolhidos e enviados para a Fundação Osvaldo Cruz para a análise e a identificação de possíveis contaminações da espécie.





Segundo a equipe de Vigilância Epidemiológica de São José, a população também deve ficar atenta, já que o caramujo africano pode estar envolvida na transmissão de doenças. A doença pode ser contraída pelo muco do molusco ou pela ingestão de verduras, legumes e frutas contaminadas. No entanto, a Vigilância Epidemiológica ressalta que não há motivo para pânico, uma vez que a presença do caramujo não implica em riscos de epidemia. Até o momento, não existe nenhum caso confirmado de doença transmitida por esse animal no Brasil.


A Prefeitura de São José não recolhe os moluscos em áreas particulares. As denúncias são atendidas pela Vigilância Epidemiológica por intermédio de ações educativas, tanto no domicílio do denunciante quanto nas proximidades vizinhas, com distribuição de folder e explicação sobre o controle da espécie.


A Achatina fulica é um caramujo gigante terrestre que pode atingir 15 cm de comprimento na concha, oito cm de largura e mais de 200 gramas no peso total quando adulto. A espécie pode chegar a viver mais de nove anos e pode ser reconhecida através da concha, que é mosqueada em tons de marrom escuro.


Para controlar o molusco, o ideal é não deixar acumular materiais inservíveis nos domicílios e terrenos baldios, como restos de materiais de construção (telhas, madeiras, tijolos) empilhados, palhas e folhas secas sob o solo, lixo doméstico, ou quaisquer outros meios que auxiliem o caramujo a se proteger do sol.





A recomendação é a de que a coleta dos exemplares seja realizada com os seguintes cuidados:


  • Somente adultos treinados devem recolher os caracóis. Crianças e adolescentes não devem participar das ações diretas de recolhimento

  • Recolher os caracóis sempre utilizando luvas descartáveis ou sacos plásticos, na falta usar uma pá. Importante não ter o contato da pele diretamente com o caracol

  • Os caracóis recolhidos devem ser incinerados, para isso utilizar uma vala, um tambor ou ainda uma fogueira cercada por tijolos ou blocos. Para grandes quantidades utilizar um incinerador ou fornos de olarias

  • Se eliminados inadequadamente os ovos ainda permanecem nas cascas intactos, que alguns dias depois eclodem, e após 4 ou 5 meses se reproduzem. O risco de re-infestação é alto e os caramujos retornarão ao seu quintal

  • Não deixe pneus, latas, entulhos, plásticos, tijolos e telhas, madeiras, lixos em geral espalhados no quintal. Isso favorece a proliferação da Achatina fulica, e de outras pragas nocivas à saúde, como: ratos, baratas, escorpiões, aranhas, moscas, mosquitos como o Aedes aegypti (transmissor da dengue)

  • Nunca utilize afogamento em balde com água e sal para eliminar os caracóis. A utilização do sal não é recomendada, pois o sal serve somente para salinizar o solo.



Para mais orientações e informações, a população pode entrar em contato diretamente com a Vigilância Epidemiológica do Município no telefone 3249-1895.

Brasil: Produtor do Rio de Janeiro investe na criação de caracóis


Um produtor do Rio de Janeiro investe, há anos, na criação de escargot, um molusco muito apreciado na culinária francesa. 


Para conseguir sucesso neste ramo, ele teve que adaptar várias técnicas de cultivo. 


Depois de um período de 10 anos na França, Alfredo Chaves, que era psicanalista, resolveu criar escargot na propriedade da família no Rio de Janeiro. 





O criatório existe há 17 anos. 


A propriedade fica nas montanhas, a 850 metros de altitude, onde a água é abundante e o clima fresco e úmido, condições que favorecem a criação de escargot. 


As primeiras tentativas não deram certo, pois os caracóis não se desenvolveram bem. Mas Alfredo persistiu, fez pesquisas e mudanças no processo de produção. 





Hoje ele é um dos maiores criadores de escargot do estado do Rio de Janeiro, com uma produção de 1,5 tonelada por ano. 





A criação é feita em parque aberto e não em cativeiro, como é mais comum. 


Os escargots ficam ao ar livre sem cobertura, circulando e se alimentando à vontade. 


Apenas uma tela protege o espaço da invasão de pássaros, que se alimentam dos caracóis e podem prejudicar a criação. 





O período de engorda dos caracóis pode levar cinco meses. Eles ficam em canteiros de bambus. 


Os caracóis maiores e de conchas perfeitas são separados para escapar do abate. 


Eles são selecionados como matrizes para produzir os ovos de escargot para o ano seguinte. O padrão de qualidade é mantido com a introdução de matrizes importadas da França. 





Alfredo faz planos para dobrar a produção. "Sei que outros estados estão querendo e estou me preparando para vender para o Brasil todo", afirma. 


A dúzia do escargot, já preparado, é vendida aos restaurantes por R$ 25. O escargot pode ser congelado cru ou cozido e costuma ser servido principalmente com manteiga de ervas.

quinta-feira

De petisco de tasca a iguaria de restaurante de topo

Com orégãos ou aromatizados com manteiga, tomilho e pimenta preta, são um petisco com muitos apreciadores . Seja para fazer companhia a uma cerveja, seja como entrada de uma refeição requintada. Eis os segredos deste molusco, com destaque para o caviar que se faz com os seus ovos.


Tanto pode ser servido numa tasca lisboeta, como no mais fino restaurante parisiense.


Petisco de fim de tarde de Verão, regado a cerveja, para alguns; e iguaria gourmet, acompanhada por um vinho de qualidade, para outros.
Falamos do caracol, alimento que faz parte da nutrição humana desde a era do Paleolítico. Nesta fase da existência humana, os moluscos terrestres representavam para o homem uma opção alimentar sem grandes riscos. E o caracol, que pode deslocar-se a uma velocidade até cinco metros por hora, tornava-se presa fácil.
Consumidos em grande escala na Grécia e na Roma antigas, bem como na Ibéria (hoje Portugal e Espanha), os caracóis surgem na Bíblia como um alimento impuro para Moisés. Já na Idade Média, estes animais rastejantes eram bastante consumidos nos mosteiros, durante as vigílias e nos dias em que era proibido o consumo de carne. Com uma esperança de vida curta, entre quatro e cinco anos, sendo grande parte dela dedicada à hibernação, o caracol passa o resto do tempo unicamente a alimentar-se e reproduzir-se.
Carne magra, de baixo teor calórico, com muitas proteínas e de digestão fácil, é bastante popular em Portugal, principalmente na cozinha do Sul -em Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Consumido no Verão e no final da Primavera, o caracol é ainda visto por cá como um “petisco”, e não como um “produto de luxo”, mas para lá caminha. “Cada vez mais a tendência na alta cozinha é pegar em matérias-primas que não são consideradas de luxo e transformá-las”, disse o chefe de cozinha José Avillez.
Há umas semanas, no II Congresso Internacional Vive Las Verduras, em Pamplona, o chefe do restaurante Tavares cozinhou ao vivo um falso arroz de botões de grelos confeccionado num caldo de couve aromatizado com chouriço, caracóis e “caviar branco”. Já havia caviar de esturjão, salmão e outros peixes.
Mas uma das novas tendências na alta cozinha é o caviar de ovos de caracol, que José Avillez comprou a um produtor português, a 500 euros o quilo. Fique a saber que um caracol adulto pode gerar, por ano, cerca de duzentos ovos, que até há bem pouco tempo serviam apenas para produzir novas gerações destes “bichinhos”.
João Lopes, da BioJogral, defende que os caracóis “podem e devem ser considerados gourmet”. O produtor pretende “criar novos mercado e abrir novos mundos ao caracol”, que em Portugal ainda é apenas um produto “das tascas”.
No nosso país a helicicultura (“criação sistematizada em cativeiro, com fins comerciais, de caracóis terrestres e comestíveis”) ainda está a dar os primeiros passos, mas em territórios como Itália e França, por exemplo, é uma actividade que existe há mais de três décadas. Mas, das mais de quatro mil espécies de caracóis que existem, só vinte são comestíveis, e apenas uma permite uma exploração rentável, a “Helix Aspersa”, que se divide em duas variedades, de acordo com o tamanho “Gros Gris” (vulgo caracoleta) e “Petit Gris” (o “caracolito”).



Antes de chegar à mesa, os caracóis têm de libertar tudo o que têm no intestino. “O preto que por vezes é visível nos caracóis demonstra falta de expurgo. O caracol não deitou fora tudo o que devia, e isso pode amargar o sabor”, explicou João Lopes.


Caso decida comprar os caracóis vivos, para posteriormente os cozinhar, convém deixá-los durante cerca de dez dias sem alimento. Durante este período, os caracóis irão libertar tudo o que comeram. Após os dias de jejum, coloque-os num outro recipiente com miolo de pão e folhas de videira ou figueira, durante dois dias. Depois, durante algumas horas, passe-os por água com sal e vinagre. Nessa altura os caracóis irão soltar uma espuma. Deverão ser lavados as vezes que forem necessárias até que não deitem mais espuma.
Mas, para serem considerados produtos gourmet, os cuidados são ainda maiores. Na BioJogral, os caracóis, depois de passarem seis dias a expurgarem tudo o que têm no intestino, são seleccionados à mão, um a um. Os que estão em condições passam por mais uns dias de limpeza, até estarem prontos a serem comercializados. “É um produto de altíssima qualidade”, defende João Lopes, que é, de acordo com José Avillez, “o maior conhecedor de caracóis em Portugal”.
Por existirem ainda em Portugal poucos criadores, a maioria dos caracóis consumidos no nosso país são oriundos de Marrocos, da Hungria e da Turquia. Mas João Lopes quer contrariar essa tendência -e também a de que o caracol é apenas um “petisco que se come nas tascas”. A ver vamos quando se abrirão outras portas ao caracol em Portugal. Será que passará também a ser um produto “das classes altas”, como é em Itália ou em França? Seja como for, está enraizado (e bem) na gastronomia lusa, e estamos a entrar na altura do ano em que deve ser consumido.

Factos sobre o caracol
Uso medicinal

Desde tempos remotos que os caracóis têm sido usados na medicina. Na Idade Média, por exemplo, as pessoas usavam a água onde os caracóis são cozidos para tratar dores de garganta, bronquites e infecções gastrointestinais. Ao longo dos tempos têm corrido histórias que dão conta de curas milagrosas de úlceras gástricas através da ingestão, pelo menos durante uma semana, de caracóis vivos, sem a casca.
O caracol é ainda usado na cosmética, já que a baba que o animal produz ajuda a regenerar a pele humana. A secreção purificada do caracol é um produto natural com grande poder regenerador cutâneo porque contém, entre outros, proteínas com uma estrutura semelhante às da derme humana, vitaminas, minerais e oligoelementos, especialmente sais de cálcio.

Creme de baba de caracol
As propriedades regeneradoras da baba do caracol foram descobertas por acaso, há vários anos, quando se reparou que as mãos dos criadores destes moluscos eram muito macias, e que as suas feridas cicatrizavam rapidamente, não deixando marcas.
Descobriu-se então que a baba purificada do caracol serve para regenerar a pele após irritações ou feridas ligeiras, para reduzir as rugas e prevenir os processos de envelhecimento cutâneo, suavizar a epiderme e esbater imperfeições da pele.


Valor nutricional
Rico em proteínas e pobre em gorduras, o caracol é um alimento com alto valor nutricional. Há quem defenda que as mulheres devem comer caracóis enquanto amamentam, já que estes são bastante ricos em cálcio, o que os torna também um bom alimento para quem sofre de raquitismo.
Muito rico em sais minerais e ferro, o caracol é um petisco bom para as grávidas. Por ser pobre em lípidos (gorduras), este animal rastejante pode ser consumido por quem tem problemas de fígado, arteriosclerose, ou sofre de obesidade.
O alto teor de ácidos polinsaturados contidos no caracol faz dele um alimento recomendado a quem tem o colesterol elevado.
100 gramas de caracóis contêm 0,5 -0,8% de lípidos; 60 -80 kcalorias 13,5% de proteínas 83,8% de água 1,5 -2,0% de sais minerais (cálcio, magnésio, zinco, cobre)


Receitas
Método tradicional de cozinhar a carne de caracol.

A carne de caracol é cozinhada em “court bouillon” (junta-se meio litro de vinho branco a um litro de água, adiciona-se salsa, tomilho, louro, cebola, chalota, alho, sal e pimenta, cravo-da-índia, e outras especiarias, conforme o gosto).
Coloca-se a carne e o caldo dentro de uma panela. Deixa-se ferver em lume brando durante cerca de uma a uma hora e meia, dependendo do tamanho dos caracóis. A carne fica então pronta para ser usada noutras receitas.
Caracóis à portuguesa (caracóis pequenos, “Petit Gris”) Leve 1,5 kg de caracóis pequenos ao lume numa panela de água. Junte duas colheres de sopa de azeite, três dentes de alho, uma cebola cortada em quartos, uma folha de louro e um ramo de orégãos.
Tempere com sal, pimenta e piripiri. A fervura deve ser suave e longa (cerca de duas horas). A espuma criada deve ser retirada de vez em quando. Os caracóis devem ficar no líquido da cozedura até ao momento de serem servidos. Os caracóis são retirados da casca com recurso a palitos, alfinetes ou através de sucção.

Escargots à la bourguignonne (caracóis maiores, “Gros Blanc” e “Gros Gris”)

Primeiro deve preparar-se a manteiga: num recipiente mistura-se um quilo de manteiga sem sal, 25 gramas de sal, 5 gramas de pimenta preta, 150 gramas de alho, 35 gramas de chalota e 90 gramas de salsa (o alho, a chalota e a salsa devem ser picadinhos). Coloca-se um pouco de manteiga em cada casca. Depois introduz-se um caracol já cozinhado. Deve completar-se o espaço vazio com mais manteiga. Uma colher de chá de manteiga costuma ser sufi ciente para cada casca. Coloca-se no forno, a 200 graus, o tempo suficiente para que a manteiga derreta. Devem servir-se mal sejam retirados do forno. Para comê-los utilizam-se uns talheres especiais: com uma pequena pinça segura-se o caracol, enquanto se retira a carne de dentro da casca com um garfo de dois dentes curvos.

E para terminar, poderá consultar aqui a melhor receita de caracóis do mundo .