quarta-feira

Curiosidades sobre a criação de caracóis




Caracol comendo broculos

Composição da ração para caracóis.É confeccionada à base de farinha de soja, milho, trigo e aveia. O caracol, é totalmente vegetariano. À noite, além da ração, comem couve, trevo e alface e quase tudo que é verde, na criação, devemos semear vegetais no terreno onde se encontram.

Os caracóis sobem tudo, inclusive as redes de protecção, por isso os helicicultores utilizam uma rede eléctrica, costuma chamar-lhe pastor eléctrico, o sistema é do género utilizado para as ovelhas. Os choques eléctricos evitam que eles saiam do recinto. O cativeiro dura cerca de quatro meses até que um caracol atinja a idade adulta, para poder ser servido na mesa dos apreciadores.

Um caracol adulto pesa entre 5 e 20 gramas. 
As espécies mais criadas na helicicultura portuguesa são: O “helix aspersa” ou “petit gus”, francês e o máxima, conhecido por “escargot de Bourgogne”. São as espécies mais criadas, nas estufas de Portugal.
De maneira geral, os criadores que exploram este tipo de negócio, começam por 500 a 1000 metros quadrados e vão avançando a criação e a ocupação de mais metros quadrados conforme a exigência do mercado e a dimensão do volume de negócios.

segunda-feira

O que comem os caracóis ?

Dados Gerais do Caracol






Ração para caracóis em viveiro



- Nos viveiros à noite regam-se os campos e a humidade faz os animais sair do abrigo para se alimentarem, estes tornam-se mais activos em tempo húmido.




- Os caracóis são Vegetarianos, são animais essencialmente herbívoros, comendo basicamente verde, já na criação em viveiros eles são alimentados à base de ração, própria para o caracol.




- Os caracóis portugueses são maiores, mas são muito saborosos.



O que comem? 


· Casca de ovo, calcário em pó


· Legumes folhosos – restos de alface, couves, trevos


· Frutas – casca de banana, melancia, maçã


· Tubérculo


· Pepinos


· Plantas e vegetais


· Húmus


· Ervas daninhas


· Beringelas


· Inhame


· Batata-doce


· Papel e papelão


· Farinhas (milho, trigo, aveia e soja)


Folhas: taro, cola, papaia, mandioca, ocra, beringela, couve e alface. As folhas de papaieira (assim como a fruta e as cascas) aparecem em muitos ensaios como sendo comida boa para os caracóis.




Frutas: papaia, manga banana, beringela, palmeira de óleo e pepino.


As frutas geralmente são ricas em minerais e vitaminas e pobres em proteínas.




Tubérculos: taro, mandioca, inhame, batata-doce e plátano. Os tubérculos são uma boa fonte de hidratos de carbono, embora o seu teor de proteínas seja baixo (a mandioca deve ser do tipo de baixo teor cianídrico).




Flores: oprono (Mansonia altisima), odwuma (Musanga cecropoides) e de papaia.




Resíduos domésticos: cascas de frutas e de tubérculos, como sejam de banana, plátano, ananás, inhame e especialmente de papaia e restos de, por exemplo, arroz cozido, feijões, grãos, etc...
Atenção: os resíduos domésticos não devem conter sal.






Na França o composto duma ração correntemente utilizada para as espécies de Helix contém cálcio, fósforo, cloreto de sódio e vitaminas A, B1, D, E e K. Este tipo de ração, formulada para satisfazer as necessidades nutricionais específicas dos caracóis, tem como efeito reduzir o período de crescimento. Rações formuladas para a espécie Helix Aspersa, reduzem, o período de crescimento desde a eclosão dos ovos até à colheita dos caracóis em 10 meses, passando de 27 para 17 meses (Muito rápido).



Sumário das recomendações sobre alimentação natural 


· Os caracóis podem alimentar-se de uma vasta gama de itens alimentares.


· Procurar excedentes de legumes e de frutas deitados fora mas que ainda podem ser consumidos pelos caracóis é uma boa maneira de reduzir os custos de alimentação.


· Deve-se evitar alimentação que contém folhas cerosas ou peludas. As folhas da papaieira, a fruta e as peles da fruta em muitos ensaios realizados revelaram ser alimentos excelentes para os caracóis.


· Os alimentos devem conter um teor proteico de cerca de 20% de matéria seca da dieta, para um desenvolvimento óptimo. As folhas da papaieira, a fruta e a sua pele são uma boa fonte de proteína crua.




· Para um bom crescimento e desenvolvimento da concha, deve-se acrescentar à comida fontes de cálcio em pó proveniente das cascas dos ovos, calcário, cinzas de madeira, conchas de ostras (esmagadas) ou de farinha de ossos a uma razão de cerca de 15 a 20% da matéria seca da dieta. O cálcio proveniente das conchas de ostra esmagadas é o melhor. Aumentar em mais de 20% o teor de cálcio na matéria seca da dieta resulta em conchas mais grossas, não tendo como resultado uma maior quantidade de carne de caracol. (Observação: 20% de Ca pode parecer uma grande quantidade, mas deve-se ter em mente que esta percentagem se aplica à matéria seca e os alimentos habituais dos caracóis são predominantemente compostos de água.)


· Os caracóis necessitam de água! A maior parte desta é abastecida nos alimentos que eles consomem, mas deve-se fornecer-lhes água adicional nos seus recintos de crescimento/engorda: uma esponja embebida em água ou um pedacinho de algodão para os recém-nascidos e juvenis, ou em pratos rasos (pois doutra maneira os caracóis podem afogar-se) para os caracóis adultos e reprodutores.








Atenção aos alimentos que contenham temperos (azeite e vinagre) e sal.





Cálcio – para as conchas (o solo é importante)


As conchas dos caracóis são compostas de 97-98% de carbonato de cálcio, daí que necessitem de ter cálcio disponível, quer seja a partir do solo ou duma fonte externa (calcário em pó, cascas de ovos).




A maior parte da actividade dos caracóis, incluindo a sua alimentação, ocorre durante a noite e o pico da actividade ocorre 2 a 3 horas após o anoitecer. A temperatura mais fresca estimula a actividade e o orvalho nocturno ajuda o caracol a movimentar-se facilmente.




Os caracóis são vegetarianos e aceitam muitos tipos de comida.







O que os caracóis necessitam




Os caracóis necessitam de hidratos de carbono para a energia e proteína para o crescimento. Adicionalmente necessitam de cálcio (Ca) para as suas conchas, assim como doutros minerais e vitaminas. A carne de caracol tem um teor baixo de fibras cruas e de gordura; por esta razão estes componentes têm pouca importância na alimentação dos caracóis.




· Acepipe – petisco, guloseima para o ser humano.


· Dormência – O caracol recolhe todo o seu corpo dentro da sua concha, selando a abertura de entrada com uma camada branca, calcária para prevenir a perda de água do seu corpo.


sexta-feira

Hoje comemora-se internacionalmente o Dia do Caracol !


Hoje comemora-se o Dia do Caracol, e como tal aproveitamos para vos mostrar uma curiosa tradição a esse respeito.
Trata-se de um evento que ocorre numa pequena localidade espanhola onde o caracol é homenageado em forma de banquete servido gratuitamente à população e aos visitantes.










Durante o Dia do Caracol, a Câmara Municipal de Riogordo (Andaluzia, Espanha) serve aos seus visitantes um total de cerca de 350 quilos de caracol cozido em molho (Caracol en caldo).


No ano passado, cerca de 5.000 pessoas visitaram este evento popular de Riogordo. 


É servido um caracol terrestre típico na Axarquia (Andaluzia) e é preparado da maneira tradicional e servido a todos os visitantes de forma gratuita com azeitonas, cerveja e vinho da região.


Durante este dia, os visitantes também podem assistir a espectáculos de dança e músicos de rua.


Juntamente com este festival ocorre outro evento é comemorado em Riogordo, "La Feria de ganado" (A Feira do Gado), durante três dias baseada num antigo costume local para comprar e vender animais.


Riogordo é uma aldeia branca situada nas imediações das montanhas de Málaga (Axarquía), a 55 km de Nerja.
Clique no link para mais informações sobre o Dia do Caracol em Riogordo.

domingo

Com o verão a chegar chegam também os petiscos de caracóis

No auge do verão, toda a gente aproveita para desfrutar os longos dias numa agradável esplanada, de preferência, acompanhado por uma cerveja fresquinha e um prato de caracóis. 

Caracóis?!


Sim, senhor!




Prato de Caracóis

Muito popular na gastronomia portuguesa, é comum degustá-lo na cozinha do Sul: em Lisboa, Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Da tasca mais simples ao restaurante mais requintado, os caracóis estão presentes e os seus fãs também.


Apesar do consumo em grande escala, ainda há poucos produtores em Portugal, o que faz que o seu pratinho de caracóis seja geralmente oriundo de Marrocos, da Hungria e da Turquia. Já a Itália e a França produzem há mais de três décadas. Sem contar que existem registos de que o caracol é consumido pelo ser humano desde a época do Paleolítico.


Possui carne magra, de fácil digestão, rica em proteínas, cálcio, ferro e sais minerais, é recomendado para grávidas e mulheres que estão a amamentar.

É também usado na cosmética, porque a sua baba ajuda a regenerar a pele humana. Quem nunca ouviu falar no creme de baba de caracol?

Existe até caviar de caracol!




sábado

Portugueses preferem o caracol pequeno




O caracol pequeno servido em restaurantes e tascas, feiras e esplanadas, arraiais e cervejarias vem, essencialmente, de Marrocos.


É apanhado à mão por pastores e entregue aos responsáveis de cada aldeia, que servem de agentes do negócio, controlado pela família real. 


Portugueses, espanhóis, franceses, italianos, gregos. Todos querem uma fatia deste produto de exportação - o consumo em Portugal ultrapassa as 40 mil toneladas anuais. 




A partir de Julho, em Portugal, começa a haver também caracol nacional, que resiste melhor ao passar do Verão devido às temperaturas mais amenas, por comparação com o Norte de África.


Parte do consumo em Portugal é sustentado com a apanha de caracóis selvagens, fornecidos por populares aos cafés e restaurantes de cada região. Normalmente trata-se de caracol miúdo mas muito apreciado pelo seu sabor uma vez que não é criado à base de rações mas sim crescendo livremente na natureza.


Existe também já uma considerável quantidade de produtores nacionais, especialmente no Oeste e no Algarve, embora o mercado continue deficitário e a importação continue a ser fundamental para dar resposta ao consumo interno.

Assim, continua a existir um nicho de mercado bastante interessante e lucrativo para quem queira dedicar-se à criação de caracóis.

segunda-feira

Quais são os benefícios do creme de baba de caracol ?

Hoje em dia ouve-se muito falar no creme de baba de caracol. 

Quais são então os seus benefícios e a sua composição? 




Este tipo de creme é exclusivamente feito de uma proteína extraída da baba do caracol sendo então um produto 100% natural. 





Comprovada cientificamente, esta substância ajuda na reparação da pele, uma vez que estimula a produção de colagénio (uma proteína essencial na reconstituição celular dos tecidos), elastina (proteína que promove a elasticidade da pele), entre outros componentes importantes que combatem a oxidação e radicais livres responsáveis pelo envelhecimento da pele. 





Benefícios: 





- Regenera a pele naturalmente; 


- Combate o envelhecimento celular; 


- Eficaz contra alguns tipos de manchas na cara; 


- Elimina as queimaduras; 


- Reduz significativamente marcas de cicatrizes; 


- Suaviza significativamente estreias e celulite; 


- Etc... 





Como usar: 


Para que tenha um melhor efeito recomenda-se que limpe bem as zonas onde vai aplicar o produto.
Pode usar também um esfoliante antes de usar o creme para remover as células mortas.
O creme deve ser aplicado diariamente e o seu efeito será bastante visível em três meses.

sábado

Doenças e Predadores do Caracol




principal doença relatada até à data é uma doença fúngica, disseminada através do contacto físico entre os caracóis, que lambem a baba dos corpos uns dos outros.



A doença é causada pelo fungo Fusarium, que parasita os ovos do caracol Helix aspersa. Os ovos parasitados ficam com uma cor vermelho-acastanhada e o desenvolvimento dos animais pára. Esta doença é referida vulgarmente como “doença dos ovos rosados”.




Medidas básicas de higiene previnem a disseminação de doenças. Deve-se limpar regularmente os recintos de criação de modo a remover os excrementos e os restos de comida, assim como qualquer outra matéria em decomposição que possa servir como substrato para os organismos patogénicos. Também se recomenda esterilizar o solo das caixas de criação, através de vaporização ou aquecimento, sempre que as mesmas sejam preparadas para uma nova postura de ovos e quando os reprodutores são transferidos para as caixas de postura.





Prevenção: Deve-se mudar ocasionalmente a terra pois a acumulação de dejectos aumentará as possibilidades de desenvolvimento de doenças. É conveniente mudar-se a terra de três em três meses.





PREDADORES




Mosca (principal parasita)




Formigas




Aves




Ratos do campo




Ratazanas




Sapos e rãs




Toupeiras




Osgas






Besouros do solo (escaravelhos)




Centopeias




Sanguessugas




Lagartas predadoras




Lagartixas




Cobras




Tordos, corvos




Patos e perus




Ácaros







Concha: endurecida para proporcionar protecção contra a maioria dos predadores, mas não contra todas as aves.




Em áreas com uma elevada predação de aves, é necessário colocar-se redes para cobrir os recintos. Talvez seja preciso colocar vedações fora dos recintos de criação, para evitar que outros predadores os ataquem. As vedações devem ter uma altura entre 15 e 30 cm e estar bem escavadas no solo.







A mosca põe 20-40 ovos na concha do caracol ou no próprio caracol. Os ovos eclodem dentro de cerca de uma semana e as larvas pequenas e de cor creme começam a alimentar-se do tecido do corpo (dentro deste ou no seu exterior). Alimentam-se até o corpo estar reduzido a uma massa putrefacta e transformam-se em pupas dentro da concha. Após um período de 10 dias de incubação, as moscas adultas emergem. A melhor protecção contra estas moscas é cobrir os recintos de criação com malha de nylon.


sexta-feira

Anatomia do Caracol







Tentáculos: Dois pares retrácteis, na superfície superior da cabeça do caracol, utilizados para ajudar o animal a sentir as coisas. Os olhos estão localizados nas pontas da parte superior do par de tentáculos maior; o par de tentáculos menor está relacionado com o odor.





Poro respiratório: Um pequeno poro na parte lateral do corpo, utilizado para a respiração





Boca: Na parte inferior da cabeça, existe a rádula, uma espécie de língua com a qual o caracol corta osalimentos.





Lábio da concha: O bordo da concha





Pé: A parte do caracol muscular, macia, que permite que o caracol se mova





Concha: A espiral dura, cobertura protectora do caracol





Ápice da concha: A ponta da concha


quinta-feira

Caracóis no espaço

Caracóis do satélite Bion-M ajudam a preparar cosmonautas para voos prolongados 






Os 20 caracóis que se encontram a bordo do satélite biológico russo Bion-M, lançado em meados de Abril, ajudarão a preparar os cosmonautas para voos espaciais prolongados, disse Pavel Balaban, director do Instituto Russo de Actividade Nervosa Superior. 





Com a ajuda de caracóis, os cientistas estudam as zonas vestibulares do cérebro.
"Os caracóis possuem um formidável sistema vestibular, muito simples, com apenas 13 neurónios", disse Balaban. 


Os investigadores enfrentam a tarefa de encontrar os mecanismos reguladores das alterações provocadas pelo efeito prolongado da falta de gravidade. 


Dever-se-à também conhecer o grau de reversibilidade destes processos.

sexta-feira

Embalagem e Transporte de Caracóis






Existem diversas soluções para o transporte de caracóis vivos, variando as embalagens e os preços.


As caixas e contentores isotérmicos, homologados e patenteados, preservam a qualidade, e proporcionam grande economia na distribuição da temperatura controlada, pois o transporte é efectuado num veículo normal cumprindo os regulamentos, em vez dos vulgares veículos refrigerados.






A embalagem isotérmica tem que manter a temperatura do caracol entre os 16 aos 22º. e o objectivo é transporta-lo nas melhores condições e fazer a entrega do bicho vivo.






Saco para transporte de caracóis






Desta forma só precisamos de duas embalagens, a primária que é um saco em rede para deixar o caracol respirar e mantê-lo facilmente húmido com borrifos de água. Estes sacos levam habitualmente entre 1 e 5 kg. 









Embalagem isotérmica e rígida para transporte de caracóis

A outra embalagem, é a de transporte, geralmente em plástico onde são acondicionados diversos sacos.




Estas embalagens de transporte encaixam-se uma nas outras formando pilhas, o que permite um melhor aproveitamento do espaço.















A ter em atenção:Leis de transporte, temperatura, conservação e embalagem do caracol.









96/340/CE: Decisão da Comissão, de 10 de Maio de 1996, que altera o anexo II da Directiva 92/118/CEE do Conselho que define as condições sanitárias e da polícia sanitária que regem o comércio e as importações na Comunidade de produtos não sujeitos, no que respeita às referidas condições, às regulamentações comunitárias específicas referidas no capítulo I do anexo a da Directiva 89/662/CEE e, no que respeita aos agentes patogénicos, da Directiva 90/425/CEE (Texto relevante para efeitos do EEE)·







Jornal Oficial nº L 129 de 30/05/1996 p. 0035 – 0043