Um produtor do Rio de Janeiro investe, há anos, na criação de escargot, um molusco muito apreciado na culinária francesa.
Para conseguir sucesso neste ramo, ele teve que adaptar várias técnicas de cultivo.
Depois de um período de 10 anos na França, Alfredo Chaves, que era psicanalista, resolveu criar escargot na propriedade da família no Rio de Janeiro.
O criatório existe há 17 anos.
A propriedade fica nas montanhas, a 850 metros de altitude, onde a água é abundante e o clima fresco e úmido, condições que favorecem a criação de escargot.
As primeiras tentativas não deram certo, pois os caracóis não se desenvolveram bem. Mas Alfredo persistiu, fez pesquisas e mudanças no processo de produção.
Hoje ele é um dos maiores criadores de escargot do estado do Rio de Janeiro, com uma produção de 1,5 tonelada por ano.
A criação é feita em parque aberto e não em cativeiro, como é mais comum.
Os escargots ficam ao ar livre sem cobertura, circulando e se alimentando à vontade.
Apenas uma tela protege o espaço da invasão de pássaros, que se alimentam dos caracóis e podem prejudicar a criação.
O período de engorda dos caracóis pode levar cinco meses. Eles ficam em canteiros de bambus.
Os caracóis maiores e de conchas perfeitas são separados para escapar do abate.
Eles são selecionados como matrizes para produzir os ovos de escargot para o ano seguinte. O padrão de qualidade é mantido com a introdução de matrizes importadas da França.
Alfredo faz planos para dobrar a produção. "Sei que outros estados estão querendo e estou me preparando para vender para o Brasil todo", afirma.
A dúzia do escargot, já preparado, é vendida aos restaurantes por R$ 25. O escargot pode ser congelado cru ou cozido e costuma ser servido principalmente com manteiga de ervas.
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