segunda-feira

Mais algumas curiosidades sobre os caracóis


Não é costume dar-se muita importância àqueles pequenos moluscos rastejantes que temos no jardim ou vemos nos parques e quintais. 


Por vezes até os pisamos sem querer. Outras vezes, são servidos num prato, como petisco. 


Há quem não lhes ache piada alguma, mas já existe quem os queira conhecer melhor. 



Foi isso que aconteceu em 2009, ano dedicado a Darwin e à evolução, com um estudo que tinha como finalidade contar as espécies de caracóis terrestres e examinar o seu polimorfismo, isto é, perceber se as características da concha são ou não importantes para a sua sobrevivência.







Os resultados do estudo revelam que, em Portugal, predominam os Cepaea nemoralis. Sabe-se, também, que existem em maior número no litoral e que a sua presença quase não se nota no Algarve.





Entre os seus principais predadores figuram os tordos, aves que não são nada meigas na hora de comer os caracóis. 



Para lhes tirar a carapaça, os tordos têm de esmagá-la contra uma rocha ou uma superfície pedregosa. 



E alguma vez imaginaste que um pirilampo pode acabar com os caracóis? Pois é, aquele bichinho minúsculo injecta os ovos no corpo mole dos caracóis. Quando as larvas nascem, alimentam-se do corpo do caracol e este acaba por morrer.





Casinha protectora


Sabias que a carapaça do caracol funciona como camuflagem, ou seja, serve para o proteger dos predadores, quando tem uma cor que não se distinga da vegetação e que o faça passar despercebido? 




Por exemplo, um caracol branco numa zona muito escura seria logo descoberto e, por isso, atacado. O clima e o tipo de solo também têm uma grande influência na forma como o caracol consegue (ou não) sobreviver.



domingo

Caracóis e toxoplasmose na gravidez




Afinal as mulheres grávidas podem ou não comer caracóis?





Os caracóis se forem bem cozinhados não deverão representar qualquer perigo.


A toxoplasmose é transmitida através da carne crua, legumes, verduras e fruta mal lavadas.




Toxoplasmose


Podemos dizer que o caracol já é visto há muito tempo como "marisco" e também é cozinhado de igual modo.


Há grávidas que, devido ao medo da toxoplasmose, durante a gravidez não comem mariscos e no entanto o marisco é cozinhado.


Existem muitas mulheres grávidas que apesar de não serem imunes à toxoplasmose continuam a fazerem as suas vidas de forma normal.


É preciso, no entanto, ter alguns cuidados de higiene ao mexer em gatos e cães e lavar muito bem os legumes e as frutas se forem comidos crus.


Os enchidos e presuntos também há quem evite, ou então congela e depois descongela o que produz o mesmo efeito desinfectante que quando é cozinhado.
Se mexerem na terra deverão lavar bem as mãos pois pode conter resíduos de xixi e cloriformes fecais além de pelos de animais.














sexta-feira

Quais as espécies de caracóis que são comestíveis ?


Rolanda Albuquerque de Matos, bióloga, é considerada a maior especialista nacional em caracóis.


Na verdade, explica a bióloga, só há em Portugal quatro espécies comestíveis: "Por ordem decrescente de tamanho: a caracoleta (nome científico mais conhecido, Helix aspersa), o maior caracol terrestre português; acaracoleta moura também conhecida como boca-negra na Madeira (Otala lactea); o amarelinho,riscadinho ou riscado, ou caracol-das-canas, o caracol português mais bonito pela grande variedade de cores que a concha pode apresentar (Cepaea nemoralis); e o caracol a que chamo caracol-das-cervejarias e os apreciadores caracol pequeno (Theba pisana). Um caracol (Helicella virgata) do mesmo tamanho e muito parecido com este último e que pode encontrar-se nos mesmos locais não tem valor gastronómico, pois dizem que é muito amargoso, referido por alguns como caracol-do-diabo."


 




 


 


 


 


Observação:


H. pomatia e H. aspersa são as duas espécies comestíveis que são mais utilizados na cozinha europeia.


O último é conhecido como caracol riscado.


 Caracol Branco :: Theba Pisana




Caracol Branco


(Theba Pisana)


Caracoleta Grande :: Helix Aspersa Maxima


Caracoleta Grande


(Helix Aspersa Maxima)


Caracoleta Canário :: Helix Cepaea


Caracoleta Canário


(Helix Cepaea)


Caracol Riscado :: Otala Lactea


Caracol Riscado




(Otala Lactea)

quarta-feira

Curiosidades sobre os caracóis, ou “escargot”




Apenas três espécies de caracóis recebem a designação "controlée" de “escargot”






Existem milhares de espécies de caracóis no mundo mas apenas três recebem a designação "controlée" de “escargot” : o Bourgogne ou Helix pomatia linné, o Petit Gris ou Helix aspersa e o Gros Gris ou Helix aspersa máxima.




Qualquer outra espécie, comestível que seja, deverá ser chamada por seu nome comum local ou nome científico, sem confundí-la com os escargots. O erro mais comum, atualmente, é chamar a Achatina fulica de escargot sem apontar claramente a distinção.






O homem consome caracóis desde a pré-história. Suas conchas são encontradas empilhadas junto a utensílios culinários em diversos sítios arqueológicos.





A palavra caracol vem da raiz que significa girar. Os Romanos os chamavam de helix devido à concha em espiral. Os gregos kocklos por sua concha, que levou a coquilla ou caracol em espanhol, que ao poucos gerou escargol na França do s. XIV, atualmente escargot.





Os Gregos relatam o consumo da carne dos caracóis e os romanos acreditavam que os escargots curavam a bebedeira e a indigestão, sendo receitados aos doentes do estômago. Seus navios os recolhiam na Espanha e Norte da África para vender aos patrícios. Os Catalães também acreditavam que este hors-d’oeuvre facilitava a digestão de pratos suculentos e pesados.





Os marinheiros portugueses e espanhóis os levavam a bordo em suas longas viagens como mantimento de carne fresca.







O escargot foi consagrado na culinária francesa em 1814 quando o príncipe de Talleyrand ofereceu ao Czar da Rússia, Alexandre I, um prato de escargots, que foi degustado com satisfação evidente. O consumo do escargot alcançava o requintado uso de talheres especiais, para prender a concha e extrair a iguaria guardada em seu interior.












O Animal e sua Representação





Animal de hábito noturno, sua atividade depende das condições climáticas. Ele se fecha para se proteger das condições adversas, podendo passar meses e até anos, neste estado de hibernação ou estivação.





O caracol é uma figura presente em variadas áreas da vida – na arquitetura, esculpido na fachada de grandes catedrais, na pintura, escultura, cerâmica, é cantado na música e louvado em poesia. Mundo afora, o caracol está na mesa, nas brincadeiras das crianças e nas lendas imaginárias. Figura.





Na mitologia, os Deuses do Olimpo se regalavam com esta iguaria, cuja concha figurava em ouro. Por ser hermafrodita representa a androginia nas esferas místicas.





Na religião é símbolo da ressurreição: o escargot que desaparece no inverno emerge da terra na Páscoa. Anuncia a volta do sol e a vida após as chuvas da primavera perfazendo o ciclo da vida e da morte.





Nos campos ele é símbolo de fecundidade, presságio de felicidade, calor e luz.








O Escargot Curandeiro





De Hipócrates a nossos dias, tanto a medicina quanto a farmácia encontraram nos escargots, a partir dos derivados desse molusco – muco, carne e concha, um aliado para aliviar males humanos, no tratamento dos diversos órgãos do corpo.





A lista de sintomas tratáveis é extensa e as fórmulas de preparação das receitas, também. Dizem os textos que, macerados e aplicados em compressas, os escargots eliminam a flacidez dos seios, fervidos servem de xarope para aflições pulmonares, crus eles curam úlcera e atuam como laxativos, protegem a voz dos cantores, e vivos eliminam verrugas e cicatrizam queimaduras.





O escargot secreta substâncias que protegem e regeneram a pele e já serviram de base para cosméticos franceses, no passado. Hoje, assistimos à volta do uso de componentes animais em poderosos preparados com finalidade cosmética e, dentre estes, está o derivado do escargot, a helicilina.




terça-feira

Boa hipótese para se iniciar na criação de caracóis




Um leitor teve a simpatia de nos informar de um anúncio no OLX em que uma empresa de criação de caracóis, além da venda de alevins e reprodutores, aceita dar formação a quem pretenda iniciar-se na helicicultura mediante condições a combinar.





Como as formações nesta área são muito raras, e normalmente bastante caras, fica a dica para uma boa oportunidade através da qual, se optarem por iniciar-se, poderão ter a vantagem de conhecer profundamente a origem e qualidade dos vossos próprios reprodutores e alevins.







A empresa situa-se em Barcelos e os interessados podem contactar através do telemóvel  911 580 716.






 Quer iniciar uma criação de caracóis ?