segunda-feira

Os caracóis são incompatíveis para quem quer manter a linha?!


Quando chegar o tempo mais quente, eis que as esplanadas do País (especialmente mais a sul) se encherão novamente de gente que saboreia aquele que é um dos mais conhecidos petiscos nacionais. 


Falo claro, do caracol. Mas será este pequeno molusco terrestre inofensivo para aqueles que procuram manter a linha?!







Comer caracóis é saudável desde que se evite
o molho e se controlem os acompanhamentos 





O consumo de caracóis remonta às origens da espécie humana - vários achados arqueológicos revelaram conchas de caracóis junto a vestígios de fogueiras e a ossos de outros animais. Séculos mais tarde, em 300 a.C, Aristóteles descreveu com precisão não só o consumo de caracóis e a forma de os comer, mas também pormenores relativos à sua criação.





Em Portugal, preferem-se os pequenos caracóis de concha clara ou escura e, em menor quantidade, os caracóis maiores, de concha castanha escura (geralmente designados por caracoletas). Em termos nutricionais, não existem grandes diferenças entre estas duas espécies: o valor calórico por 100gr de carne de caracol varia entre as 60 e as 80 Kcal. Os caracóis são maioritariamente compostos por água (70-85%), sendo pobres em gordura (0,3-0,8%) e com um teor proteico entre 13 e 15%. São relativamente ricos em minerais, sobretudo em Cálcio (também contêm Ferro, Magnésio, Cobre e Zinco).





Mas se a carne do caracol é bastante equilibrada do ponto de vista nutricional, convém não esquecer que o método de confecção pode alterar significativamente as suas características! Apesar de serem geralmente cozidos, a água da cozedura é acompanhada de azeite e/ou outras fontes de gordura (que variam consoante a receita - caldo Knorr, toucinho, bacon, etc). Se nos lembrarmos que o pão torrado com manteiga e a cerveja são companheiros habituais do petisco, facilmente se percebe que um pequeno lanche pode disparar para valores calóricos menos recomendáveis.





Em suma, os caracóis podem ser uma das melhores alternativas para um petisco de esplanada, numa tarde de verão. Basta evitar o molho que acompanha os «bicharocos» e ter atenção às quantidades de pão com manteiga e cerveja/refrigerantes.

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